19 de fevereiro de 2011

História da Fiat Tipo (Mania de Carros)

Um hatchback espaçoso, bem equipado, com preço de carro popular e muito bem aceito no mercado. A frase pode parecer impossível, mas não para o Fiat Tipo. Depois por passar por alguns problemas de incêndio, o modelo viu seu preço despencar. Hoje estabilizado e com os defeitos sanados, é uma boa opção entre os médios-pequenos usados.
Seu preço começa em R$ 8.000,00.

 


Um caso singular. Assim pode ser considerada a história do Fiat Tipo no Brasil. O hatchback médio-pequeno foi do “céu ao inferno” em pouco mais de três anos. Sua importação da Itália, onde foi lançado em 1988, começou no fim de 1993. Moderno e espaçoso, logo conquistou o consumidor brasileiro, desacostumado a grandes novidades depois de décadas de mercado fechado.

O Tipo chegava em versão única 1.6 i.e, primeiro apenas com três portas e, logo depois, com cinco. Trazia direção assistida e podia receber ar-condicionado, vidros e travas com acionamento elétrico e até teto solar como opcionais. O propulsor 1,6 rendia 82 cv de potência e o porta-malas podia abrigar 280 litros de bagagem.

Em 1994, a Fiat passou a trazer a versão SLX, com motor 2,0 8V de 109 cv de potência e somente cinco portas. O pacote de equipamentos era interessante, com ar-condicionado, direção assistida, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétricos, regulagem de altura e apoio lombar no banco do motorista, faróis auxiliares, entre outros. Entre os opcionais estavam as rodas de alumínio, freios ABS e teto solar.

No mesmo ano, chegou o mais potente dos Tipos. O 16V – ou Sedicivalovole, como dizia o suporte de placa traseiro – trazia um 2,0 16V de 137 cv de potência, 10 a mais do que o mais potente Fiat nacional de então, o Tempra 16V. Era comercializado somente com três portas (poucos cinco portas chegaram) e tinha aspecto esportivo, com saias laterais, frisos vermelhos nos pára-choques, rodas de alumínio de 14 polegadas, volante revestido em couro e painel completo, incluindo manômetro e termômetro de óleo. O pacote de equipamentos seguia o do SLX.

Com a repentina elevação do imposto de importação de 20% para 70% em Fevereiro de 1995 e o anúncio do fim da produção do modelo na Europa, a Fiat se viu obrigada a produzir o modelo por aqui. Ela não contava, porém, que uma série de incêndios nas unidades 1,6 importadas, ora causados pelo tubo convergedor do ar quente, ora pelo rompimento da mangueira da direção. A imagem do carro, literalmente se queimou, mesmo com os dois recalls para a solução do problema.

O Tipo nacional chegou no fim de 1996 em versão única 1.6 mpi, com injeção multiponto e 92 cv de potência. Eram de série direção assistida e vidros e travas com acionamento elétrico. Nem a bolsa inflável frontal para o motorista – que pela primeira vez equipava um carro nacional – foi capaz de atrair os consumidores. O modelo deixou de ser fabricado em 1997, depois de somente 12.500 unidades.


O mercado do Tipo é composto praticamente apenas pela versão 1.6 i.e dos anos de 1994 e 1995 com cinco portas, que não costumam ficar muito tempo em estoque. Por um pouco mais (às vezes até menos) é possível comprar um SLX ou um 2,0 16V, mais potentes e equipadas. As ocorrências de incêndios são inexistentes atualmente, uma vez que a maioria das unidades foram já reparadas.

Confira abaixo o consumo e o desempenho das diferentes motorizações do Tipo:
MODELO
1,6 i.e
2,0
2,0 16V
POTÊNCIA
82 cv
109 cv
137 cv
TORQUE
13,3 m.kgf
16 m.kgf
18,4 m.kgf
ACELERAÇÃO (0 a 100 km/h)
14 seg
10,8 seg
9 seg
VELOCIDADE MÁXIMA
170 km/h
188 km/h
204 km/h


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